Falar de afectos na educação é, antes de qualquer coisa, proporcionar atitudes de educar para ser. A afectividade constitui um factor essencial, proporcionando um clima de referência, superação de dificuldades, que permitem um desenvolvimento sadio e equilibrado.
A relação entre educadores e crianças pode  ser permeada por uma riqueza infinita de possibilidades de aprendizagem, sendo, no entanto, necessário encontrar formas eficazes de resolver conflitos e principalmente identificar como apresentar de forma segura e clara o que o adulto considera como referência de certo-errado, ético e principalmente como lidar com os limites.Enquanto educadores é fundamental dar a oportunidade de promoção da afectividade, o que propicia que os afectos ganhem espaço e floresçam e assim, as crianças adoptam uma conduta de respeito e cooperação.

As crianças e jovens que possuem uma boa relação afectiva são seguras, têm interesse pelo mundo que as cerca, compreendem melhor a realidade e apresentam melhor desenvolvimento social e intelectual, propiciando atenção, afectividade e companheirismo entre estes e os respectivos educadores.

Uma boa relação de afecto determina o ambienteindicado para explorar a questão dos limites, sem medos ou culpas, com convicção, pois isto permitirá alcançar um desenvolvimento equilibrado.

Educar não significa apenas repassar informações ou mostrar um caminho a trilhar, que julgamos ser o certo. Educar é ajudar a tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade em que vivemos, bem como do nosso papel dentro dela. É saber aceitar-se como pessoa e principalmente aceitar o outro e os seus defeitos e qualidades. Em última analise, educar com afecto é a tarefa mais nobre e difícil de ser educador, mas é uma possibilidade ímpar de proporcionar um crescimento saudável e feliz.